Dos 20 manifestantes presos durante protestos na última segunda-feira (24), quatro ainda continuam detidos e a fiança arbitrada para que cada um seja liberado é de R$ 2 mil. Um dos advogados que compõem a Comissão de Direitos Humanos da OAB, Carlos Edilson, pediu a liberdade provisória de todos os estudantes, para que possam responder em liberdade pelos crimes dos quais são acusados.
De acordo com o advogado, quanto ao pagamento da fiança, os jovens irão assinar uma Declaração de Pobreza, onde registrarão que por serem estudantes, não têm condições de pagar o valor pedido. A informação foi dada durante reunião entre manifestantes, representantes do Ministério Público e Polícia Militar na sede da OAB/PI, na manhã de hoje (26).
Advogado dos estudantes, Raimundo Oliveira, comparou a forma como a polícia age na periferia da capital e o modo como agiu contra os manifestantes na última segunda-feira.
"Os que foram presos, nenhum é bandido, todos são estudantes. Quando a polícia está em bairros ricos é o Ronda Cidadão, quando é em bairros pobres, é o Ronda 'Pancadão'", declarou.
Já o advogado Welder de Sousa Melo, presente na reunião, ressaltou que os responsáveis por qualquer tipo de dano ou transtorno devem ser punidos e falou sobre a forma de atuação dos policiais durante os protestos.
"Questionar o modus operandi da polícia é fácil, mas para o policial que está lá na rua para defender a população e zelar pelo patrimônio público, é muito difícil", disse.
Os manifestantes que ainda permanecem presos são acusados de interdição de vias públicas e corrupção de menores, já que no momento em que foram levados pela polícia, havia cinco adolescentes entre os detidos.
Repórter: Isabela Lopes (direto da OAB) e Maria Romero (redação)