segunda-feira, 8 de julho de 2013

Casa que explodiu na Zona Leste de SP era fábrica de balões, diz perícia

Explosão deixou duas pessoas feridas na Vila Carrão.
Defesa Civil interditou sete imóveis vizinhos.

Imóvel ficou danificado após explosão (Foto: Tatiana Santiago/G1)Exlosão aconteceu em imóvel que fica na esquina das ruas Volta Grande e Mamberê, na Vila Carrão (Foto: Tatiana Santiago/G1)
A explosão que deixou duas pessoas feridas e interditou imóveis na Vila Carrão, na Zona Leste de São Paulo, aconteceu em uma casa que abrigava uma pequena fábrica de balões, segundo a Polícia Técnico-Científica. O acidente ocorreu na noite deste domingo (7). Inicialmente, a polícia suspeitava que no local funcionasse um depósito de fogos de artifício.
“Foi constatado uma pequena oficina de confecção de balão, com tochas, varetas, cangalha, botijões de gás e maçarico, no terceiro piso. Uma pequena fábrica de balões”, afirmou o perito José Manoel Dias Alves, do Instituto de Criminalística (IC).
Em nota, a Subprefeitura de Aricanduva informou nunca ter recebido denúncias contra o imóvel.

O técnico em eletrodomésticos Adaílton de Oliveira, de 53 anos, primo do morador da casa onde houve a explosão, nega que o imóvel fosse usado para construir balões. Ele afirmou que lá funcionava uma fabrica de velas há pelo menos 3 anos. "Ele é aposentado e fabricava velas. Um balão caiu aqui ontem", afirmou. Quanto às varetas encontradas, o primo alegou que eram varetas de pipas.
De acordo com o perito José Manoel Dias Alves, a explosão pode ter sido provocada por um vazamento de gás, faísca de solda elétrica e atmosfera favorável para o material inflamável. O perito também disse ter encontrado fogos de artifício na casa. “Nós achamos remanescentes, mas não posso especificar a quantidade. Mas pela intensidade da explosão devia ter um grande número de fogos de artifícios e botijões de gás”, disse Alves. O laudo da perícia deverá ser concluído em 30 dias.Bloqueios e investigação
A explosão ocorreu por volta das 22h e deixou duas pessoas com ferimentos leves: uma mulher de 35 anos e o pai dela, de 59 anos. Segundo o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, coronel Jair Paca de Lima, sete casas foram interditadas até as 11h. Duas delas tiveram bloqueios parciais. Outras quatro casas ainda serão vistoriadas. No horário, funcionários da Prefeitura realizavam a limpeza das ruas Mamborê e Volta Grande.
No terreno do imóvel localizado na esquina das ruas Volta Grande e Mamberê, é possível ver um rastro de destruição provocado pelo impacto da explosão. Portões de ferros foram arrancados e ficaram retorcidos, os vidros do imóvel e das casas vizinhas ficaram destruídos, além de pelo menos seis carros avariados.
mapa casa explosão Vila Carrão (Foto: Arte G1)
Os vizinhos foram retirados de suas casas ainda na noite de domingo.
Prejuízos
Alguns vizinhos contaram ao G1 que sempre desconfiaram que o imóvel abrigava alguma atividade ilegal. Por medo de represálias, entretanto, eles nunca denunciaram o dono da suposta fábrica de balões. "Via chegando caminhões com varetas de balões”, disse uma vizinha que preferiu não se identificar.
O aposentado Sidnei Pio, de 39 anos, que mora em um dos quatro imóveis localizados no terreno onde está a casa que explodiu, conta que estava lendo um livro no momento da explosão. Na sequência, segundo ele, vários estouros foram ouvidos. Ele pensou, inclusive, que eram fogos de artifício de alguma comemoração.
“Comecei ouvir um barulho como se tivesse alguma coisa arrastando na laje, pensei que estivessem fazendo alguma obra. Mas começou a estourar, estourar, estourar. Meu irmão veio correndo pra sala. Eu pensei: 'Nossa, está tendo comemoração'. Mas a gente viu pegando fogo para todo lado. Quando saímos de casa, explodiu o transformador", conta Pio. Após a interdição dos imóveis próximos, ele preferiu ficar na casa da irmã até terça-feira (9).
A feirante Neusa Maria, 53 anos, teve dois carros e o telhado de sua residência afetados. “A capa do meu carro pegou fogo, parte da lataria queimou. A perua teve os vidros dianteiros estourados”, relata.
Carro que estava na residência também ficou destruído (Foto: Tatiana Santiago/G1)Carro que estava na residência também ficou
destruído (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Já o representante comercial Sérgio Cenalli, 38 anos, assistia televisão quando viu um clarão e correu para a rua. “Tentei sair com minha esposa e achei que estava perigoso demais. Saí correndo para  fundo da casa e teve essa explosão maior. Fui arremessado a uma distância de dois metros. Parecia que tinha umas cinco pessoas empurrando minhas costas”, disse ele que teve ferimentos leves após a queda. Além dos estilhaços que voaram do imóvel que explodiu, Cenalli teve os vidros da sala e o vidro dianteiro do veículo quebrados.
Segundo o delegado Fábio Ferreira Lins, do 31º Distrito Policial, da Vila Carrão, o dono do imóvel responderá, inicialmente, por incêndio culposo, explosão culposa e incolumidade pública. O inquérito só será finalizado após a entrega do laudo da perícia.

Forte explosão
Imagens exibidas pelo Bom Dia São Paulo mostram o momento da explosão, que pôde ser vista à distância. Os moradores foram orientados a procurar abrigo na casa de familiares e amigos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou logo após as 22h. Onze equipes foram deslocadas para conter as chamas. As vítimas foram levadas para o Pronto-Socorro Jardim Iva, também na Zona Leste.
FONTE: G1

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